O último dia de hotel comecou tão bem para mim... FUI (e desta vez quero dizer "entrei", mesmo) À CASA DO DOSTOIEVSKI, FINALMENTE!
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É o êxtase, o delírio, a sensação de que já ali estive sem ter estado, a sensação de que fazia parte da família de Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski eu própria. Entre objectos pessoais e o excitamento de saber que ali, naquelas salas, naquele escritório, nasceu o Irmãos Karamazov, ainda consegui ter lucidez e aguentar as pernas bambas de emoção para ir checar os originais de Demónios, O Idiota e Crime e Castigo. Quis roubá-los para mim!
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Ler agora o Noites Brancas, depois de ter estado em São Petersburgo e depois de saber exactamente onde fica cada sítio, cada rua e cada praça de que ele fala, faz ainda mais sentido. É como quem agarra num Eça qualquer e consegue sentir-se a passear numa Av. da Liberdade oitocentista, de chapéu alto e bengala ou de sombrinha e vestido de folhos. É o conhecer o que se está a ler, é o saltar aos gritos de "eu estive aqui, eu estive aqui!!", é o saber que realmente o livro é bom.
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Fomos os 4 para São Pedro e São Paulo, eles os três andando e eu levitando de êxtase em cima de uma nuvem, com um sorriso gigante e a alma alimentada, pela Avenida Nevsky fora até à marginal...
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